E Lia Thomas está fora das Olimpíadas de Paris. Na quarta-feira, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) rejeitou o caso da nadadora transgênero, afirmando que a americana de 25 anos não pode questionar a regra da World Aquatics que proíbe a participação de atletas trans em competições femininas. A decisão confirma que Lia, campeã universitária nos Estados Unidos, continua banida dessas competições.
Segundo o CAS, Lia Thomas não pode disputar competições da World Aquatics porque não é mais membro da USA Swimming, o que impede que ela seja suficientemente afetada pelas regras para desafiá-las. Em março de 2022, Lia se tornou a primeira nadadora trans campeã universitária nos Estados Unidos. No entanto, em junho do mesmo ano, a World Aquatics anunciou uma política que limita a participação de mulheres trans que passaram pela puberdade masculina.
A World Aquatics justifica a restrição como necessária para garantir que mulheres trans não tenham vantagem competitiva por terem passado pela puberdade masculina. A organização admite que muitos países não permitem a transição de gênero antes dos 14 anos, idade mínima recomendada pela Associação Mundial para Saúde de Transgêneros. Na prática, a regra exclui quase todas as mulheres trans das competições internacionais de natação, incluindo as Olimpíadas.
Lia Thomas expressou desapontamento com a decisão do CAS, considerando-a discriminatória e privadora de oportunidades atléticas. Ela chamou as atletas trans a continuar lutando por dignidade e direitos humanos. Em resposta, a World Aquatics reafirmou seu compromisso com a justiça, respeito e igualdade de oportunidades, destacando a criação de uma categoria aberta para permitir a participação de mulheres trans, embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados.