Um esquema que envolvia uma cooperativa de fachada e que movimentou milhões de reais que saíram do erário de pelo menos 20 prefeituras de municípios alagoanos, indo parar nas contas bancárias dos membros de uma Organização Criminosa (Orcrim). Desarticulado pela Operação Maligno na última semana, após um trabalho minucioso do Ministério Público Estadual (MPAL), o grupo criminoso replicava em Alagoas um modus operandi que tem sido utilizado em outros estados do país, com o objetivo do enriquecimento ilícito.
Mas como tudo funcionava? Qual o caminho percorrido pelo dinheiro desde o momento em que saía da conta do município até a utilização, para fins pessoais, pelos membros da Orcrim? A Gazeta foi em busca de respostas e o que encontrou é surpreendente. São milhões e milhões de reais que poderiam ser investidos em ações de educação, saúde e bem-estar da população, mas que acabam caindo nas mãos de pessoas que querem levar uma vida de luxo com pouco esforço e muita ostentação.
O promotor de Justiça Frederico Alves, um dos responsáveis pelos trabalhos que resultaram na Operação Maligno, explica como se dava o vínculo entre as prefeituras e a Cooperativa Moderniza. Ele conta que, inicialmente, tal cooperativa atuava no ramo de transportes e que, depois, após ser adquirida pelo líder do grupo, o advogado Frederico Benigno Simões, passou a atuar, teoricamente, ofertando serviços essenciais, como o de limpeza urbana.
Fonte – GazetaWeb