O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu esta semana arquivar o inquérito da Lava Jato contra Renan Calheiros e Romero Jucá. Prorrogada pelo menos oito vezes desde que foi aberta, a investigação tramitava desde 2017, mas nunca houve denúncia formal por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Apenas em abril deste ano, o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento do caso, que apurava uma suposta propina de R$ 5 milhões da antiga Odebrecht (atual Novonor) aos emedebistas.
A decisão provocou uma forte reação do senador Renan Calheiros. Em suas redes sociais, Calheiros não poupou críticas à operação, que chamou de projeto de poder.
“Uma a uma, vão ruindo as trapaças jurídicas da Lava Jato, um projeto de poder político e financeiro completamente desmascarado. Mais uma imputação falsa e torpe encontra seu habitat original, a lixeira da história. Que eles respondam na Justiça pelos crimes e perseguições”, disse.
Renan Calheiros reforça o sentimento crescente entre muitos críticos da Lava Jato. Para ele, a operação, que inicialmente visava combater a corrupção, transformou-se em uma ferramenta de manipulação política e financeira.
Segundo o senador, a decisão de Fachin de arquivar o inquérito reflete a fragilidade e a natureza questionável das acusações levantadas contra diversas figuras políticas durante os anos de operação.
A decisão do ministro Edson Fachin, baseada na falta de provas suficientes para sustentar as acusações de tentativa de obstrução de justiça, sublinha as fragilidades de algumas das ações da Lava Jato. As gravações entregues por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, não se mostraram como evidências concretas de delito, apesar de terem alimentado especulações e manchetes sensacionalistas por anos.
Fonte – Jornal de Alagoas