O Nordeste brasileiro enfrenta riscos significativos de abalos sísmicos que podem ultrapassar 5,2 na Escala Richter, segundo pesquisa divulgada em 2 de maio baseada em dados do Catálogo Sísmico Brasileiro e da Rede Sismográfica Brasileira. Conduzido por pesquisadores da UFRN e do Instituto de Geofísica da Academia Polonesa de Ciências, o estudo aponta que há uma probabilidade relevante de terremotos prejudiciais ocorrerem na região nas próximas cinco décadas, com magnitudes entre 4,7 e 5,1 na Escala Richter tendo 50% de chance de acontecer e causar danos a estruturas civis.
Além disso, terremotos de magnitudes entre 5,5 e 6,2 têm 10% de probabilidade de ocorrer, representando riscos para grandes obras civis, como barragens e usinas. O estudo enfatiza a necessidade de medidas preventivas e construções resilientes para mitigar os impactos dos terremotos e garantir a segurança da população, destacando a importância da preparação adequada das infraestruturas.
Apesar de o Brasil estar longe das bordas de placas tectônicas, registra alguns eventos sísmicos significativos, geralmente de magnitude moderada, que podem causar pânico e danos locais, especialmente em áreas com construções não projetadas para resistir a terremotos. Exemplos históricos incluem o terremoto de Mato Grosso em 1955 (magnitude 6.2) e o de João Câmara em 1986 (magnitude 5.1).
Globalmente, os maiores terremotos registrados incluem o de Valdivia, Chile, em 1960 (magnitude 9.5) e o do Oceano Índico em 2004 (magnitude 9.1), causando milhares de mortes e amplos danos. Estes eventos ressaltam a devastação potencial dos terremotos e a importância de preparação e mitigação de riscos sísmicos.