Durante evento da assinatura da ordem de serviço para a execução do Canal do Sertão, em São José da Tapera, no interior de Alagoas, o presidente Lula (PT) conseguiu reunir Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB), dois rivais da política alagoana.
Lira e Renan são desafetos há anos e já chegaram a atacar um ao outro por meio das redes sociais. Durante discurso no evento, o senador Renan Calheiros não citou Arthur Lira. Renan Filho, por sua vez, citou o nome de Lira e o abraçou após discurso do presidente da Câmara dos Deputados, que falou sobre união e a necessidade de deixar a polarização política de lado.
Em seu discurso, Lula também pregou a união e afimou que seu partido construiu alianças com vários outros partidos políticos e deu uma resposta aos comentários que ouviu após ter sido eleito, sobre a dificuldade de governar pelo PT não ter número expressivo na Câmara dos Deputados e no Senado.
“Quando eu ganhei as eleições, diziam pra mim que eu ia ter dificuldade de governar porque o Arthur Lira tinha sido eleito o presidente da Câmara. Para as pessoas que diziam que eu ia ter prejuízo, no meu mandato anterior eu tive o Renan como presidente do Senado, alagoano, presidente por dois mandatos, que me ajudou muito a governar. E agora quis Deus que eu tivesse outro alagoano, na Presidência da Câmara, que me ajudou muito, porque nós começamos a governar antes de tomar posse, porque foi ele que coordenou, junto ao Haddad, a PEC da Transição, que permitiu que a gente tivesse dinheiro pra poder governar em 2023 e que a gente tivesse dinheiro pra poder recuperar o Bolsa Família”, disse o presidente Lula.
Além de Lula, Lira e Renan Calheiros, o ministro dos Transportes, Renan Filho e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), também participaram da solenidade.