A Moody’s elevou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, mantendo o rating Ba2, o que indica um risco mais elevado para investimentos estrangeiros. Esta é a primeira mudança da Moody’s desde 2018 e reflete a melhoria na trajetória da nota de crédito, juntamente com a Standard & Poor’s e a Fitch. A proximidade de retornar ao grau de investimento é vista como um marco significativo para a estabilidade econômica do país.
O grau de investimento é crucial para evitar calotes na dívida pública, e a classificação de risco das agências estrangeiras é um indicador da confiança dos investidores na economia brasileira. O ministro da Fazenda destacou que essa revisão reflete a melhoria das perspectivas econômicas, atribuindo-a ao trabalho conjunto dos três Poderes e às reformas estruturais em curso, como a reforma tributária e a consolidação fiscal.
Apesar da revisão positiva, a Moody’s ainda aponta riscos devido ao elevado endividamento do Brasil. A agência ressaltou a importância da credibilidade fiscal para reduzir as incertezas sobre a trajetória fiscal. O Tesouro Nacional destaca a importância do crescimento robusto e do progresso na consolidação fiscal para estabilizar a dívida do país, além de enfatizar a agenda de transição energética do governo.
O compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas é reiterado pelo Ministério da Fazenda, que espera que o melhor balanço fiscal leve à redução das taxas de juros e melhore as condições de crédito, impulsionando investimentos e empregos, aumentando a renda e promovendo o desenvolvimento econômico e social.