A arrecadação federal atingiu R$ 190,6 bilhões em março de 2024, refletindo um aumento real de 7,22% em relação ao mesmo mês de 2023. No primeiro trimestre de 2024, a arrecadação totalizou R$ 657,7 bilhões, representando um acréscimo de 8,36% ajustado pelo IPCA. Este desempenho é o melhor registrado desde 1995, tanto para o mês de março quanto para o trimestre, conforme divulgado pela Receita Federal.
O aumento da arrecadação em março é principalmente atribuído ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, gerando R$ 40,9 bilhões, um crescimento real de 20,63%, e à tributação dos fundos exclusivos, no valor de R$ 3,4 bilhões. A Receita Previdenciária atingiu R$ 53 bilhões, com um crescimento real de 8,40%, impulsionado pelo aumento real de 7,90% da massa salarial. Além disso, houve um crescimento de 11% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em relação a março de 2023.
De acordo com Claudemir Malaquias, chefe do centro de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, os indicadores trimestrais também apresentaram um crescimento “satisfatório” em relação ao ano anterior, com destaque para produção industrial, vendas de bens e serviços, crescimento da massa salarial, importações e notas fiscais eletrônicas.
Malaquias explicou que o cálculo da estimativa de ganho com os fundos exclusivos, feito pelo Banco Central no ano passado, foi superior ao valor projetado, totalizando, até o momento, R$ 15 bilhões recolhidos. Os valores relacionados à tributação de offshores começarão a chegar em maio, mas ainda não é possível estimar o montante.