A cólera voltou a ser registrada no Brasil após 18 anos sem diagnóstico positivo. Um caso foi a confirmado na semana passada em Salvador (BA), segundo informações do Ministério da Saúde. Em Alagoas, desde 2001, não há registros de casos autóctones da doença, ou seja, paciente que contraiu na própria cidade, sem viajar a outro lugar. Os últimos casos registrados em Alagoas aconteceram nos anos de 1992, 1993 e 1994 com mais de cinco mil registros.
Em 2018, a Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) chegou a investigar três casos suspeitos de cólera. Eram duas crianças de Cajueiro e uma mulher de 67 anos de Atalaia. À época, a Superintendência de Vigilância em Saúde recolheu uma amostra da água de um rio no município de Porto Calvo que continha a bactéria. O material foi isolado e levado para análises no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, entretanto, nenhum caso novo foi confirmado.
A cólera é uma infecção intestinal aguda que se espalha por meio de alimentos e água contaminados com fezes. Ela está ligada diretamente à higiene e ao saneamento básico. A doença pode ser apresentar de forma assintomática, causando diarreia leve ou da forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. E quando não tratada, pode levar a desidratação intensa, levando a graves complicações ou óbito.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que realiza monitoramento semanal para controle da doença. “Realizamos coletas de fezes que são encaminhadas para o Lacen/AL [Laboratório Central de Alagoas], para realização do agente patológico da doença. O controle é feito por meio do diagrama de controle, que vai demonstrar se aquele município está com risco de surto”, explicou a gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Waldineia Silva.
Fonte – Extra