Cena 1 – O deputado federal Alfredo Gaspar (UB-AL) foi procurado por Arthur Lira (PP-AL) para que votasse pela soltura de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso por ordem do STF como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.
“Não vou me desmoralizar diante da minha categoria”, foi a resposta negativa de Gaspar, ex-promotor de justiça, segundo confidenciaram seus assessores a políticos em Alagoas.
Cena 2 – “O café dele já esfriou mesmo, hein? Quem fez fama atropelando o governo vai se assustar ao ser atropelado”, disse um deputado lulista, conta a jornalista Malu Gaspar em seu blog no OGLOBO.
O comentário do parlamentar, a outros deputados, ocorreu após ser informado dos ataques que Arthur Lira (PP-AL) fez a Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, na semana passada.
Cena 3 – O entorno do prefeito de Maceió JHC (PL) trabalha com a hipótese que Arthur, após deixar a presidência da Câmara no início de 2025, será só mais um federal se não eleger o seu sucessor.
Por isso o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) como vice e, em caso de reeleição, Dona Eudócia Caldas (PL-AL) no Senado mantém o poder político da família em Brasília com a garantia de que as emendas que ela terá direito serão todas para a gestão do filho.
Outra questão que já chegou a petistas influentes é que a mãe do prefeito será independente, ou seja não será bolsonarista nem lulista, mas votará com o governo, embora tenha patrocinado recentemente evento com Jair e Michelle Bolsonaro em Maceió.
Para comprovar o dito como verdade é lembrado que o chefe da família, João Caldas, quando foi deputado federal fez parte da bancada de apoio ao governo do PT e jamais vestiu a ‘capa do bolsonarismo’.
É o xadrez sendo jogado.
Texto – Voney Malta
Fonte – Cada Minuto