Diego de Lima Gualda, advogado de 40 anos e representante no Brasil do antigo Twitter, apresentou uma carta de renúncia e deixou o cargo. A renúncia foi registrada no último dia 10 de abril, conforme a ficha cadastral da empresa na Junta Comercial de São Paulo, após uma carta enviada na segunda-feira (8). Até o momento desta reportagem, não há um novo representante registrado para a rede no Brasil. Sua saída ocorre em um momento tenso, marcado por conflitos com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A tensão entre a empresa e o ministro Moraes atingiu seu ápice quando, um dia antes da renúncia de Gualda ser oficializada, Moraes negou o pedido do antigo Twitter no Brasil de se isentar de decisões judiciais sobre a rede. A empresa argumentava que não tinha poder para intervir nas decisões da plataforma e buscava transferir a responsabilidade para a empresa internacional. No entanto, Moraes decidiu que a empresa local tem sim responsabilidade em relação às decisões judiciais e administrativas no Brasil, classificando o pedido como “um abuso da personalidade jurídica”.
A decisão de Moraes implica que a empresa deve obedecer às determinações da Justiça brasileira sem exceção. A Metropolitano tentou contatar Diego de Lima Gualda, mas até o momento da publicação desta reportagem, não obteve resposta. De acordo com seu perfil no LinkedIn, ele ocupava o cargo no antigo Twitter desde junho de 2021, quando a companhia ainda mantinha esse nome.