Findo o período em que a Justiça Eleitoral permite a troca de partido sem o risco de perda do mandato dos que pretendem disputar o pleito, o PL, o MDB e o PP foram os que mais se fortaleceram – pelo menos no cenário político de Maceió. Juntos, eles dominam a composição na Câmara e indicam ter os pré-candidatos mais competitivos para conquistar uma cadeira em outubro.
Na capital, o prefeito JHC (PL), o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal e Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), tiveram um mês de diálogos para a estruturação das chapas proporcionais.
Para a cientista política Luciana Santana, já era de se esperar que o PL, por ser o partido do chefe do Executivo Municipal e pré-candidato à reeleição, é o que mais sai fortalecido da janela partidária. Isso não quer dizer, no entanto, que os partidos de oposição, liderados pelo MDB, não tenham trunfos em suas arrumações.
Na avaliação de Marcelo Bastos, que também é analista político, o PL, o PP e o MDB saem na dianteira, diante do atual quadro político, onde o atual prefeito será candidato à reeleição e está bem avaliado na opinião pública.
Bastos lembra que os demais partidos vão correr por fora, podendo fazer de um a dois vereadores. Tudo vai depender se eles terão potência para atingir o quociente eleitoral, que, este ano, tem previsão de 14 mil votos para eleição de um vereador por partido.
Por outro lado, o partido que mais perdeu nesta janela partidária foi o PSD, que tinha dois vereadores de mandato na Câmara de Maceió e ficou sem nenhum. A vereadora Teca Nelma deixou a sigla e se filiou ao PT após ganhar uma queda de braço com a direção municipal petista.
Já o vereador Joãozinho foi para o MDB. A movimentação obrigou o ex-prefeito Rui Palmeira a anunciar a pré-candidatura a vereador da capital como tentativa de recuperar o prejuízo político.
O PV também perdeu os vereadores Eduardo Canuto e Cal Moreira (ambos estão no PL). A vereadora Gabi Ronalsa permanece filiada à sigla, mas não será candidata nas eleições deste ano.
Já o PSB ganhou de presente as filiações de Rodolfo Barros e Fábio Rogério. Até então, alinhados com o prefeito JHC, decidiram que não poderiam ficar no PL.
Fonte – GazetaWeb