O governador Paulo Dantas tem em cima de sua mesa, no Palácio República dos Palmares, uma série de documentos importantes que impulsionarão a economia e a geração de postos de trabalho na capital e, por tabela, terão forte impacto na saúde e no abastecimento de água e gás na capital. Os documentos dizem respeito a mais um lote de compensação da Braskem, em meio ao processo de finalização da extração do sal-gema e a consequente desocupação de moradores e comerciantes dos cinco bairros com risco de desastre ambiental.
Paulo tem em mãos a oportunidade de realizar pelo menos cinco obras significativas sem o carimbo do ministro Renan Filho, seu antecessor. Sobre a mesa estão os projetos e propostas para a construção do novo hospital Portugal Ramalho, o novo gasoduto da Algás, a nova estação elevatória da Casal, a alça viária que dará muito mais fluidez no trânsito para quem trafega pelas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima e a construção de um novo centro de estudos, com características semelhantes ao CEPA.
O gargalo para o sim de Paulo está num item que não faz parte do pacote de projetos. O nome desse gargalo é Renan Calheiros, que se posicionou como inimigo número um da Braskem. A compensação da indústria para o Estado representa um plus no acordo firmado com o município. Ou seja: a decisão está nas mãos do governador.
É importante destacar que a empresa, líder na produção de resinas termoplásticas nas américas e a 6ª maior petroquímica do mundo, não depende de Alagoas para sobreviver. Mas o contrário é real e será surreal se o grupo, que também tem unidades industriais nos Estados Unidos, México e Alemanha, decidir encerrar suas atividades no Estado.
Em termos de resultado e realização não há dúvida para Paulo. Mas no meio do caminho tem um gargalo que trava a porta da reunião que precisa acontecer (para o bem de Maceió e de Alagoas).
Paulo precisa decidir
Fonte: AL1