Não sou da engenharia, muito menos da adivinhação, mas quem aposta que Maceió afundará por conta da Braskem, ou que as obras das barragens de contenção de enchentes comecem até 6 de outubro, na Zona da Mata, para evitar mais uma tragédia anunciada de São José da Laje a Rio Largo?
A política e suas pegadinhas. Os políticos e seus alardes. Já que a colapsada mina 18, que provocaria um estrago do tamanho de dois Maracanãs, não matou nem um sururu, que as águas do inverno também não matem mais vítimas do descaso dos senhores das urnas.
A única arma que o povo tem contra um político traidor é seu gatilho na hora de confirmar o voto.
Anunciaram que Maceió afundaria. Que o “maior crime ambiental do planeta” transformaria a capital mais visitada do país num campo minado. Também anunciaram, com muito menos ênfase (e faz parte do jogo sujo) que as barragens estariam no PAC do governo federal e que ainda neste ano pelo menos a terraplanagem estaria em ação.
Dois pesos e duas medidas (diferentes). A boa é que Maceió, do caos anunciado, avança. A péssima é que vidas na Zona da Mata seguem na mira da catástrofe.
Fonte – Blog do Wadson Regis