A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) advertiu sobre o uso de vírus de computador por golpistas para adulterar boletos bancários durante a impressão. Os boletos são amplamente utilizados no Brasil, com 4,2 bilhões de documentos transacionados no último ano, totalizando cerca de R$ 5,8 trilhões pagos. Este método é popular para contas de escolas, academias, condomínios, planos de saúde, entre outros, sendo considerado seguro, especialmente desde a criação da Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR) em 2018.
A PCR registra os títulos de cobrança de acordo com as normas do Banco Central, reduzindo significativamente golpes envolvendo a adulteração de boletos físicos. Desde sua implementação, estima-se que o sistema tenha eliminado cerca de R$ 450 milhões em fraudes por ano. No entanto, algumas quadrilhas continuam a usar vírus para adulterar boletos na impressão, alterando dados como valor e conta de destino, o que ocorre quando o usuário imprime o boleto.
Para evitar cair nesse tipo de golpe, a Febraban recomenda solicitar que o emissor envie o arquivo no formato PDF, que é mais difícil de adulterar, e manter o antivírus atualizado. A instituição também oferece outras dicas para reconhecer boletos falsos e reduzir as chances de cair em armadilhas, como verificar os dados do beneficiário do boleto.
Com a implementação da PCR, todos os boletos emitidos precisam ser registrados pelos bancos antes da emissão. Isso inclui informações como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. Ao efetuar o pagamento, independentemente do canal utilizado, os dados do beneficiário serão exibidos, permitindo a verificação dos dados do boleto físico. Se a conta não pertencer ao beneficiário correto, o cliente deve evitar a operação e, em caso de dúvida, contatar o SAC da empresa.