A primeira-dama Janja da Silva teria influenciado o ministro Francisco Falcão, relator do caso Robinho no Superior Tribunal de Justiça (STJ), buscando a prisão do ex-jogador no Brasil, conforme relatado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
De acordo com informações obtidas pelo jornalista, antes do julgamento de Robinho no STJ, Janja entrou em contato com Falcão, cujo voto acabou refletindo os interesses da primeira-dama ao defender que Robinho cumprisse sua pena no Brasil, alinhando-se à sua posição.
Em sessão realizada na quarta-feira, 20, os magistrados do STJ homologaram a sentença da Justiça italiana, condenando o ex-jogador a nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo. A prisão de Robinho foi efetuada pela Polícia Federal no dia seguinte, 21, em Santos (SP), no condomínio onde ele reside no litoral paulista, em cumprimento ao mandado expedido pela Justiça.
Após a condenação, ficou determinado que Robinho cumprirá pena em regime fechado, dada a gravidade do crime e a pena superior a oito anos. As questões sobre progressão de regime seguirão as normas da Lei de Crimes Hediondos e da Lei de Execução Penal brasileiras. Lauro Jardim também mencionou em sua coluna que os interesses de Janja no Judiciário vão além do caso Robinho, indicando seu envolvimento na nomeação de juízes na Justiça Federal, inclusive para vagas no TRF de São Paulo destinadas a advogados.