O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de 48 horas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro forneça uma explicação sobre sua visita à embaixada da Hungria em Brasília, conforme relatado pelo advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Esta medida foi confirmada pelo próprio STF. Bolsonaro esteve na embaixada durante os dias 12 a 14 de fevereiro, conforme revelado pelo jornal americano “The New York Times”.
Bolsonaro, quando questionado sobre a necessidade da explicação, expressou a possibilidade de investigação por algum crime. Ele argumentou que não vê ilegalidade em permanecer na embaixada ou em manter conversas com o embaixador. A Polícia Federal (PF) iniciará uma investigação sobre a estadia do ex-presidente na embaixada. No entanto, é importante ressaltar que, devido às investigações criminais em curso no STF, Bolsonaro não poderia ser preso dentro de uma embaixada estrangeira, pois estaria legalmente fora do alcance das autoridades brasileiras.
A defesa de Bolsonaro afirmou que sua permanência na embaixada tinha como objetivo estabelecer contatos com autoridades do país, especialmente o primeiro-ministro Viktor Orbán, com quem mantém uma boa relação. Segundo os advogados, durante sua estadia na embaixada, Bolsonaro teve conversas com várias autoridades do país anfitrião, atualizando os cenários políticos de ambas as nações. Eles enfatizaram que qualquer interpretação além dessas informações fornecidas pela defesa seria uma fabricação sem relação com os fatos reais, caracterizando-se como mais um exemplo de desinformação.