Com a proximidade da sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados, agendada para fevereiro do próximo ano, ministros do governo Lula já estão ativos na campanha para apoiar seus aliados. Segundo O Globo, os deputados Elmar Nascimento (União-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) emergem como os principais candidatos e buscam apoio do Palácio do Planalto, ou pelo menos tentam mitigar eventuais resistências.
Os correligionários dos pré-candidatos estão empenhados em fortalecer suas bases e conquistar a simpatia do Executivo. Há também uma movimentação para impedir que o presidente Lula apoie Elmar, atualmente o favorito de Lira. O objetivo é evitar que o União Brasil assuma o comando das duas Casas, uma vez que Davi Alcolumbre (União-AP) é o favorito para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado.
No entanto, esses movimentos estão em estágio inicial, já que Lula ainda não definiu sua participação no embate e se irá ou não compor com o grupo de Lira, temendo contrariar o presidente da República. O deputado licenciado do Republicanos e atual ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) tem se dedicado a aproximar Marcos Pereira, presidente do partido, do Planalto. Costa Filho já participou de encontros com Pereira e ministros do governo, buscando apoio para a candidatura do deputado.
Por sua vez, Elmar Nascimento conta com o apoio de ministros de seu partido, principalmente de Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações). No entanto, a pré-candidatura de Elmar preocupa parte do Planalto, que enxerga semelhanças entre sua atuação e a de Lira. A relação entre os pré-candidatos e os ministros vai além de Brasília, com encontros em eventos pelo país. O ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, indicado por Alcolumbre, também tem proximidade com Elmar, indicando uma possível aliança.
Enquanto isso, Antonio Brito, líder do PSD na Câmara, busca apoio do governo, enquanto Isnaldo Bulhões, do MDB, conta com o incentivo do senador Renan Calheiros, seu colega de partido. No entanto, a possível escolha de Isnaldo representaria uma ruptura com Lira, o que torna a situação mais complexa.
Com Lula mostrando mais disposição para influenciar a escolha do candidato, a participação dos ministros dependerá do nível de engajamento do presidente. Enquanto isso, os rivais de Elmar apontam suas fraquezas, como o histórico ruim com o governo e a falta de coesão interna em seu partido.
Fonte – Extra