Uma bebê de 22 dias faleceu de dengue no domingo (10). O pai, João Victor da Silva Ferreira, advogado, relatou que a bebê nascera com anencefalia e estava sob cuidados hospitalares em Maceió. Apesar dos sintomas suspeitos de dengue, como febre alta, plaquetas reduzidas e manchas na pele, ela foi liberada para casa, mas após seu falecimento, larvas foram encontradas no condomínio onde residem na Ponta Verde.
O atestado de óbito indicou que a bebê sucumbiu devido à dengue grave, anteriormente conhecida como dengue hemorrágica, e à sua condição congênita de anencefalia. Alagoas já registrou 1.555 casos de dengue desde o início do ano, um aumento de 54% em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
No cenário nacional, o Brasil contabilizou 391 mortes por dengue até esta segunda-feira (11), com mais de 1,5 milhão de casos prováveis da doença. A maioria dos casos está concentrada em mulheres, especialmente na faixa etária de 30 a 39 anos, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis, seguido por São Paulo, Paraná e Distrito Federal.
A escalada de casos de dengue levou oito unidades da Federação a decretarem emergência em saúde pública, o que facilita o acesso a recursos federais e agiliza os esforços de combate à doença. Os estados que declararam emergência incluem Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.