Nesta quarta-feira (6/3), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) conquistou a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, indicado pela bancada do Partido Liberal (PL) após acordo liderado pelo presidente Arthur Lira (PP-AL). A eleição registrou 22 votos favoráveis e 15 em branco. Contudo, a escolha foi alvo de questionamentos da base governista, preocupada com possíveis inclinações ideológicas na agenda da comissão.
Apesar das críticas, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) assegurou que Nikolas buscará diálogo com todas as partes, incluindo respeito ao governo e ao PT, garantindo uma pauta consensuada. Já a deputada Sâmia Bomfim (PSol-RJ) destacou as preocupações relacionadas à conduta de Nikolas, citando condenação por transfobia e o processo no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Membros do PL enfatizaram que a sigla não abrirá mão de indicar figuras polêmicas, como Nikolas para a Educação, e Caroline de Toni (PL-SC) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além da CCJ, o PL assumirá a liderança em outras comissões relevantes, como Relações Exteriores, Defesa Nacional, Esporte e Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. O partido também negociou a presidência da Comissão de Segurança Pública com o União Brasil.
Um acordo estabeleceu a alternância das maiores bancadas na liderança da CCJ, com o PT liderando em 2023. Contudo, a possível ascensão de Caroline de Toni gerou protestos, adiando a definição dos cargos e marcando a dinâmica política na Câmara.