O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo Cesar Amorim Pedrosa, preso na última terça-feira, 27, por descumprir medidas judiciais do regime semiaberto impostas pela condenação em 2019 por tráfico de drogas, enfrentará outro desafio nos tribunais: vai a júri popular no dia 2 de abril pelo homicídio do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, ocorrido em 2015.
Os detalhes do crime emergiram com o desenrolar das investigações, nas quais a ex-esposa de Pedrosa, Meiry Emmanuella Vasconcelos, desempenhou um papel crucial ao colaborar com a Polícia Civil. Segundo os autos, Gerson Vieira vendeu um imóvel para Pedrosa no loteamento Terra de Antares, na Via Expressa, mas não recebeu a comissão combinada. Como compensação, foi contratado como gerente comercial da empresa Galeto São Luís, de propriedade do ex-prefeito. No entanto, surgiram desavenças entre Gerson e familiares de Pedrosa.
O corretor desapareceu, e seu irmão o apontou como suspeito, até que seu corpo foi encontrado e identificado pelo IML. O veículo de Gerson também foi achado abandonado dias depois. Esses eventos traumáticos desencadearam um processo legal que culminará no julgamento de Pedrosa.
O histórico conturbado do ex-prefeito inclui acusações de assassinato, tráfico de drogas, violência contra mulheres e porte ilegal de arma de fogo. Em novembro de 2022, ele protagonizou um episódio assustador ao disparar mais de 20 tiros em casas de um condomínio residencial. Anteriormente, em 2020, renunciou ao cargo de prefeito após ser preso com drogas e romper uma tornozeleira eletrônica.
O caso de Leopoldo Pedrosa reflete não apenas os desafios do sistema de justiça criminal, mas também levanta questões sobre a relação entre políticos e o crime, exigindo respostas e medidas eficazes para garantir a segurança e a justiça para a comunidade de Maribondo e além. O júri popular em abril será um momento crucial para determinar a responsabilidade no caso do corretor Gerson Vieira e para a busca por justiça.