No momento sem representação na Câmara Municipal de Maceió, o partido Podemos está com uma meta ambiciosa para a disputa eleitoral deste ano. Segundo o presidente do diretório municipal, Edlúcio Donato, a expectativa esse ano é eleger três vereadores na capital.
“A gente vai construir um projeto junto com o prefeito JHC para que possa ser um partido forte competitivo. O Podemos é da base aliada do prefeito e não restam dúvidas que ele sendo candidato à reeleição, vai ter interesse que todos os partidos aliados estejam fortes. O senador Rodrigo Cunha [presidente estadual da legenda] é o grande aliado político dele, então é natural que essa parceria se fortaleça cada vez mais”.
Até o momento o partido não tem planos na corrida eleitoral majoritária, apenas fazer campanha para JHC e correr atrás das vagas proporcionais. Porém, como ainda tem prazo, nunca se sabe. “É uma situação que está sendo construída pelo próprio Prefeito e lá na frente a gente vai ter novidades”. Avalia, Donato.
O partido pretende impulsionar a candidatura de Rodrigo Cunha nas eleições de 2026, buscando consolidar seu nome no cenário alagoano:
“Ele não é candidato esse ano, provavelmente, a gente não sabe. Mas o Podemos vai se fortalecer em todo Estado, então o senador naturalmente vai abrir portas em outras cidades. E aqui em Maceió, a parceria está consolidada com o prefeito”. Nos planos do Podemos, a ideia é disputar prefeituras ou vice-prefeituras em pelo menos 30 cidades do interior. Para os cargos de vereador, o plano é participar em até 60 municípios.
Na capital, a promessa é maior: “Então, a gente pretende realmente ampliar a base aqui na capital para que em 2026 possa fazer deputado federal e deputado estadual. A gente só vai conseguir lá na frente atingir esse objetivo se fizer o dever de casa agora, nas eleições municipais.
Donato, acredita que as recentes mudanças na legislação irão favorecer a sua composição: “Vamos fazer três cadeiras dependendo de como se comportar a eleição desse ano, porque com a legislação atual a gente imagina que a quantidade de candidatos será bem menor que em 2020. Em 2020, se eu não me engano, tiveram quase 600 candidatos. Nesse novo formato, a gente acredita que não vai passar de 300 candidatos, então naturalmente a votação de todo mundo vai aumentar. Se a nossa chapa realmente for uma chapa como está desenhada, competitiva, a gente pode surpreender e até de repente fazer uma quarta vaga, quem sabe”.
Mesmo com o discurso otimista, Edlúcio mantém mistério e não adianta quem seriam esses “nomes competitivos”. Até então, o único nome do partido com cadeira na Câmara, Kelman Vieira, trocou de legenda e seguiu para o (MDB), de Paulo Dantas.
“A gente tem mantido em sigilo para que, no momento certo, faça um anúncio em conjunto. Com o prefeito, com o PL, o PP e todos os partidos que compõem a base aliada. A gente adotou a estratégia de não de não abrir por enquanto porque nesse momento o assédio de outros partidos é grande, então a gente optou por trabalhar nos bastidores e no momento certo anunciar. Já temos hoje fechados dos 28 nomes [que vão compor a chapa] temos 19 nomes. Faltam apenas nove nomes”. Finaliza.