O Senado retorna aos trabalhos esta semana e a ‘menina’ política dos olhos de Renan Calheiros (MDB-AL) é a CPI da Braskem, proposta por ele.
O senador quer ser o relator e tenta convencer os seus pares. O problema é que os governistas gostariam de um relator sem objetivo individual.
Ou seja, acham que Renan Calheiros quer fazer da CPI espaço de ataque contra Arthur Lira (PP-AL) através do acordo bilionário entre a Braskem e o prefeito de Maceió, JHC (PL).
Se não conseguir ser o relator, Renan aceita a primeira-vice-presidência da CPI e já teria combinado essa estratégia com o atual primeiro-vice, Jorge Kajuru (PSB-GO).
Mas outra vez na história entram os aliados governistas, que gostariam de ter na relatoria o petista Rogério Carvalho (SE).
A verdade é que o governo Lula vê essa CPI com reservas porque pode causar mais confusão política entre seus aliados – Arthur Lira, Renan, centrão e políticos baianos.
Como já contei em outra publicação, ”O dono da Braskem, o acionista majoritário é a Novonor, que antes era chamada de Odebrecht, financiadora de políticos e de partidos.
O segundo maior acionista é a Petrobras, com 47% do capital votante. O maior acionista da Petrobras é o governo, logo, o governo federal é sócio da Braskem.
A ‘Odebrecht’ surgiu na Bahia. Ela é próxima dos políticos locais, casos dos senadores Otto Alencar e Ângelo Coronel, ambos do PSD, e do também senador Jaques Wagner (PT).
A essa turma poderosa soma-se o ex-governador Rui Costa, atual ministro da Casa Civil. Eles querem evitar desdobramentos da crise que atinge a empresa.”
Texto – Voney Malta
Fonte – Cada Minuto