A moda, como um conceito abrangente que permeia diversas esferas sociais, seja por influência do mercado, do capitalismo ou mesmo como estratégia para atingir objetivos, possui historicamente um papel marcante também no âmbito do poder e da política. Um exemplo notável é a primeira-dama Janja Silva, que, desde que assumiu o cargo, optou por promover estilistas brasileiros e novos talentos de todas as regiões do país.
Ao destacar essa conexão entre moda e poder, é relevante mencionar o caso específico da escolha da estilista Helô Rocha, de Porto Alegre, para criar os looks de Janja, incluindo o vestido de noiva e, de maneira marcante, o traje para a posse de Lula. A primeira-dama, em sua primeira grande entrevista pós-eleição, durante o governo de Lula, optou por vestir peças da grife Misci, do mato-grossense Airon Martin, reconhecido por sua alfaiataria refinada e peças minimalistas.
Posteriormente, para um evento no Palácio do Itamaraty, Janja escolheu Rafaella Caniello e Laura Cerqueira Leite, da Neriage, para criar seus visuais, reforçando a influência da moda em eventos políticos significativos. No mesmo dia, para a cerimônia, a primeira-dama optou por usar dois pares de brincos Pitangão, criação da designer Flavia Madeira, que desde 2013 se dedica a redefinir o significado da joalheria brasileira. Destaca-se que, para a festa, Janja escolheu os brincos Bandeira, resultado de uma colaboração com Guilherme Nabhan.