Maceió já se orgulha de ser a primeira cidade do Nordeste a anunciar a instalação de uma roda-gigante panorâmica na orla de Pajuçara. Com o novo equipamento turístico com previsão para inauguração ainda em 2024, o município dá uma guinada para o turismo dedicado a oferecer experiência ao consumidor.
Empresas como Visa e Airbnb, que recentemente realizaram levantamentos globais sobre tendências para o turismo, perceberam que a busca do público por viagens que proporcionem experiências marcantes se consolidou, especialmente, após a pandemia. E Maceió segue o exemplo de cidades já referência no turismo nacional como Rio de Janeiro (RJ), Canela (RS), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC), que também cederam à iniciativa privada a construção de rodas-gigantes em pontos estratégicos.
Gramado (RS), terceira cidade mais buscada no país em tendências para viagens em 2024, conforme pesquisa da Airbnb, é uma prova de que o investimento em equipamentos turísticos que ofereçam experiências centradas no lazer e relaxamento é decisivo para o consumidor.
Gramado e outras cidades que se anteciparam às tendências, buscam permanentemente ampliar e aperfeiçoar o setor para atender a diferentes perfis de viajantes em um só lugar, embora já ofereçam um volume significativo de atrativos turísticos.
Parques temáticos, centros gastronômicos, turismo ecológico, estrutura integrada e moderna para o turista são apenas alguns dos elementos relevantes para o plano turístico que resultam em profundo impacto social e investimento privado em grande escala, a exemplo da própria roda-gigante, em Pajuçara, orçada em 25 milhões de reais.
Balneário Camboriú, cuja população gira em torno de 145 mil habitantes, nos últimos anos atraiu investimentos privados para a implementação de empresas que oferecem alternativas às praias, o que aliado a outros fatores, fez o número de visitantes subir de 1 milhão nos três meses de verão para 2 milhões. O município estima receber ao longo de 2024 um total de 4 milhões de visitantes, avanço absolutamente possível a partir de uma política de investimentos e de planejamento convergente com as tendências de consumo.
Empreendimentos como a roda-gigante, em volume crescente, permitem efetivo retorno ao estado e ao município em tributos como ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias) e ISS (Imposto Sobre Serviços) em montantes cada vez maiores, uma prova disso é valor do ICMS relacionado ao turismo em Santa Catarina que apenas nos quatro primeiros meses de 2023 resultou em mais de 146 milhões aos cofres públicos, quase o dobro dos 77 milhões de reais arrecadados no mesmo período em 2022.
A decisão acertada de atrair investimentos privados e fomentar a participação de stakeholders, isto é, empresas, pessoas e instituições que de alguma maneira são impactadas por melhorias na infraestrutura turística, garantem a efetividade do desenvolvimento em qualquer município e, é claro, em Maceió não será diferente.
Texto – Jessica Diniz
Fonte – Cada Minuto