As minas 20 e 21, de exploração de sal-gema pela Braskem em Maceió se conectaram, formando uma cratera sob o solo maior do que a mina 18, que colapsou em dezembro. A informação foi divulgada pela Defesa Civil de Alagoas, nesta terça-feira, (30), segundo o órgão a cavidade está se movimentando e não se pode descartar o risco de rompimento.
As minas estão localizadas na lagoa Mundaú, próximas à mina 18. Informações coletadas por uma sonda introduzida no interior da mina conectada, apontam que:
– tem 121 metros de altura por 96 metros de largura e volume de 340,297 m³, quase dez vezes maior que a cratera aberta na mina 18; e que
– está a 723,78 metros abaixo da superfície (em novembro de 2023, o topo da mina ficava a uma profundidade de quase 730 metros, o que comprova a movimentação em direção à superfície)
O monitoramento da mina 20/21 foi uma recomendação da Defesa Civil para avaliar o quanto o colapso de dezembro impactou nas cavidades vizinhas. O órgão informou que segue monitorando a cavidade. A próxima mina a ser analisada por meio de sonar é a 29, também sob a lagoa.
Importante
De acordo com o chefe da seção de desastres naturais da Defesa Civil Estadual, capitão Douglas Gomes, se a mina 20/21 colapsar, o impacto será menor que o da mina 18 e que não há risco para a população porque os imóveis no entorno da área das minas já foram desocupados.
Desde 2019, quando a mineração feita pela Braskem foi apontada como a causa do surgimento de rachaduras em imóveis e no solo, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.