Em seu novo artigo, intitulado “Sem educação não há salvação”, o deputado federal Daniel Barbosa deu protagonismo à educação como instrumento essencial na construção de sociedades pacíficas e desenvolvidas.
No texto, o parlamentar alagoano relembrou a realidade alarmante, onde mais de 250 milhões de crianças e jovens estão fora da escola, reforçando seu compromisso com a pauta, defendendo que todos tenham acesso a uma educação de qualidade, inclusiva e universal, capaz de prepará-los para enfrentar desafios como a pobreza extrema.
“Tenho compromissos com o Brasil e com Alagoas. Concentro o meu trabalho na Câmara dos Deputados em prol do desenvolvimento sustentável, da boa educação, da saúde e do combate à fome e às desigualdades. Nessa missão, o ensino público, a família e a sociedade atuam como agentes transformadores, disseminando conhecimento e valores humanos, como solidariedade, respeito, honestidade e senso de justiça”, escreveu Daniel Barbosa.
Confira o artigo na íntegra:
SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ SALVAÇÃO
A experiência comprova que a educação é indispensável para formar cidadãos e construir caminhos sólidos para a paz e o desenvolvimento. E apenas com paz, desenvolvimento e educação de boa qualidade, que seja inclusiva e universal, é possível criar oportunidades e derrotar a pobreza extrema que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
No ano 2000, durante o Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, no Senegal, o Brasil se associou a 163 países para instituir o dia 28 de abril (data da assinatura da Declaração de Dakar) como o Dia Mundial da Educação, firmando o compromisso coletivo de promover ações em prol da educação para todos, ou seja, para cada cidadão e cada sociedade. Em dezembro de 2018, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a data de 24 de janeiro como o Dia Internacional da Educação, reafirmando o engajamento da sociedade internacional com as metas do desenvolvimento sustentável.
Não importa a data, pois todos os dias devemos refletir sobre a educação, a saúde, a paz e o combate às desigualdades e o nosso papel nessa luta por tempos melhores. Quanto mais oportunidades tivermos para conscientizar o mundo, melhor. O desafio é trazer as intenções para a realidade do cotidiano, materializando as propostas e os pactos pela educação.
Os gestos importam mais do que os propósitos e educação é tarefa permanente, não se resumindo ao ambiente escolar. Ensinamos pelas palavras, pelos bons exemplos e pelas boas ações. O pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho, cumprem também à família e à sociedade e não somente ao Estado. Por isso, a construção de um convívio humano verdadeiramente pacífico, justo e igualitário depende de todos nós e começa pela educação.
Apesar de a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmar que toda pessoa tem direito à educação, além de dezenas de compromissos da comunidade internacional celebrados ao longo de décadas, em defesa da educação básica, a exemplo da Cúpula Mundial para a Infância (1990) e da Conferência Internacional de Educação de Adultos (1997), a realidade do planeta é totalmente oposta. No mundo existem mais de 250 milhões de crianças e jovens que não frequentam a escola e 600 milhões de crianças e adolescentes que não sabem ler e nem escrever, ou mesmo fazer contas básicas. Estão relegados ao abandono, deixados do lado de fora da vida.
O conhecimento forma profissionais e cidadãos mais críticos, orientando a população para o cumprimento dos seus deveres cívicos, fundamentais ao bem-estar coletivo, como o respeito às leis, aos direitos das outras pessoas e à diversidade e a proteção do meio ambiente. A boa educação fortalece a democracia, reduz a violência e tem impacto positivo na economia, contribuindo para superação da pobreza e o desenvolvimento social do país. É o que já acontece nas nações que investiram e investem na educação de boa qualidade para gerar força de trabalho mais capacitada.
Existe uma famosa parábola que narra a história de um homem que caminhava pelo deserto e uma voz lhe disse para pegar umas pedras e colocá-las nos bolsos, que no dia seguinte ele seria feliz e triste ao mesmo tempo. Sem entender bem o motivo, o homem assim o fez e, ao despertar, verificou que as pedras haviam se transformado em diamantes e esmeraldas. Ficou feliz por ter recolhido pedras que eram um grande tesouro e triste por não ter recolhido mais.
Essa metáfora pode ser transportada para o processo educativo. A pedra bruta é o investimento na educação e o tesouro é o conhecimento dela resultante. Investir na educação multiplica conhecimentos e produz frutos valiosos e quanto mais for investido mais teremos cidadania, paz, saúde e menos pobreza. Educação não é cara; onerosa mesmo é a ignorância e as suas consequências nefastas estão diante dos nossos olhos.
A despeito dos esforços despendidos e das conquistas alcançadas, a educação no Brasil ainda é deficiente e carente de recursos. Todas as esferas de governo (federal, estadual, municipal e distrital) devem garantir recursos financeiros para proporcionar educação de boa qualidade. É preciso investir no fortalecimento do ensino público, na construção e na modernização dos estabelecimentos escolares, bem como na formação e na qualificação de professores, sobretudo na capacitação para trabalhar com crianças e adolescentes.
O Plano Plurianual do governo federal entrou em vigor (PPA 2024-2027). Trata-se da proposta orçamentária que estabelece metas de resultados e impactos para a sociedade, esperáveis na gestão de recursos públicos nos próximos quatro anos. É uma espécie de guia para as decisões de governo.
O propósito é organizar um país democrático, justo, desenvolvido e ambientalmente sustentável, proporcionando dignidade e qualidade de vida à população. As prioridades são o combate à fome e redução das desigualdades; educação básica; atenção primária e especializada na saúde; modernização do setor industrial, trabalho, emprego e renda; combate ao desmatamento e enfrentamento da emergência climática e o novo PAC, que contempla nove eixos de investimento.
Os investimentos nos programas sociais fazem a diferença. São eles que concedem dignidade de vida aos mais necessitados e só é possível falar em sociedade mais justa e igualitária se a pobreza extrema e a fome forem eliminadas. Nesse enfrentamento, a educação básica não pode falhar e precisa ser intensificada, exatamente porque é onde tudo começa. A educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio devem ser sólidos pois são a base do aprendizado e da formação da personalidade.
Tenho compromissos com o Brasil e com Alagoas. Concentro o meu trabalho na Câmara dos Deputados em prol do desenvolvimento sustentável, da boa educação, da saúde e do combate à fome e às desigualdades. Nessa missão, o ensino público, a família e a sociedade atuam como agentes transformadores, disseminando conhecimento e valores humanos, como solidariedade, respeito, honestidade e senso de justiça. Vencer desafios e preconceitos pede a união de todos e cada um de nós pode desempenhar um papel importante para a sociedade e o país.