A ação coletiva foi liderada pelo Partido Republicanos(PR), e tem como objetivo anular a votação obtida nas eleições de 2022, pelo então candidato a deputado federal, João Catunda (PP). A expectativa é de que demanda seja julgada na próxima semana no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
João Catunda é o segundo suplente da coligação do Partido Progressista (PP- comandado pelo deputado federal Arthur Lira), com mais de 24 mil votos. A ação, presidida pelo então presidente do (PR) Antônio Albuquerque, implica na possível eleição de Nivaldo Albuquerque, filho do deputado estadual e maior beneficiário da decisão, pois se os votos de Catunda forem anulados ele seria favorecido.
Mesmo com os mais de 67 mil votos na última eleição, Nivaldo Albuquerque não foi eleito. Os desdobramentos jurídicos da ação, além de favorecer Nivaldo, podem prejudicar outro deputado federal eleito, que nem é citado no processo, Paulão do (PT).
Enquanto isso, há risco ao mandato de Paulão, que disputou a reeleição pelo PT, PCdoB e PV, mesma coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E sendo o sexto deputado mais votado entre os eleitos, obteve mais de 65 mil votos.
Com iminente ameaça ao mandato de Paulão, entidades sindicais, parlamenteares e colegas partidários estão manifestando apoio ao deputado nas redes sociais.
O julgamento, que já havia ocorrido, foi suspenso. Agora, a decisão do TRE não apenas pode alterar a composição da bancada federal alagoana, mas também tem o potencial de provocar mudanças significativas na representação política de Alagoas em Brasília.