A Defesa civil de Maceió enviou em documento em caráter de urgência ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando apoio para a realização de monitoramento emergencial das minas de sal-gema da Braskem – perfuradas na Lagoa Mundaú – que receberam os números 20, 21 e 29 e a atualização do protocolo do chamado sinkhole.
As minas citadas estão mais próximas daquela (nº 18) que entrou em colapso (dolinamento) na lagoa no dia 10 de dezembro do ano passado, repercutindo para o mundo a tragédia de Maceió provocada pela atividade mineradora da Braskem. A Defesa civil pede a elaboração de um plano de monitoramento emergencial na região das minas e revela que o atual sistema de monitoramento é inviável para acompanhar o avanço dessas crateras.
O Portal Na Rede teve acesso ao documento (ofício de número 991) da Defesa Civil, expedido no dia 30 de dezembro. O texto lista 6 recomendações diretas para a Braskem e também para a Força Tarefa que monitora a situação da Base de Mineração de sal-gema no bairro do Mutange, em Maceió. No documento, a Defesa Civil de Maceió mostra preocupação quanto a situação das minas, fala sobre a frequência de pequenos tremores de terra na região e o deslocamento horizontal de parte da superfície das margens da Lagoa Mundaú no sentido Norte/Sul.
MINAS 20, 21 e 29
As minas 20 e 21, segundo documentos do portal, estão unidas formando uma única caverna gigante no subsolo. A cavidade tem mais de 100 metros de altura e nela caberiam 3 estátuas do Cristo Redentor. Atualmente é a maior caverna subterrânea identificada. O avanço dessa cratera rumo a superfície não estaria sendo monitorado.
Já a mina 29 tem uma altura total de 91 metros, mas um formato geométrico onde a base da cratera tem algo em torno de 40 metros e uma extensão que acaba saindo do topo da camada de sal.
Relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM) aponta que a cavidade das minas 20 e 21 e a mina 29 só podem ser monitoradas pela tecnologia de sonar. Há 5 meses não há informações sobre que estaria ocorrendo nessas cavernas, de acordo com o documento da ANM.
Fonte – Extra