Mesmo após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, as ações preferenciais série A da Braskem (BRKM5) subiram 7,07% nesta quinta-feira, 21, negociadas a R$ 21,05. A operação investiga a exploração de sal-gema em Maceió, que provocou instabilidade do solo e afundamento de bairros por conta da atividade da companhia.
Segundo especialistas, o aumento no valor das ações tem duas explicações: o comunicado da Defesa Civil de Maceió indicando que a mina 18 da Braskem, anteriormente sob ameaça de colapso, está agora em fase de estabilização; e a informação sobre o interesse de a Petrobras (PETR4) ampliar sua fatia na Braskem, hoje de 36,1%. A Novonor, que tem 50,1% do capital social, está interessada, há tempos, em vender sua participação na companhia.
O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, declarou que os sismógrafos não detectaram atividade sísmica adicional na região e não há evidências de alterações na pressão, indicando que o processo de erosão da cavidade está retornando ao ritmo natural, conforme esperado. Mais dados devem ser coletados até a próxima terça.
De acordo com a fonte escutada pela Reuters, o governo federal não vai permitir um fatiamento da petroquímica e também não irá liberar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas brasileiras interessadas na compra da Braskem. As ações da petroquímica, com isso, subiram 7,15% nessa quarta.
Fonte – Extra