A destruição dos bairros de Maceió com a realocação compulsória de moradores – em função do afundamento do solo (subsidência) pelas minas de sal-gema da Braskem – coloca a capital alagoana no topo entre as capitais brasileiras com o maior preço do m² de imóveis residenciais para a venda no período de janeiro a novembro de 2023.
A valorização dos imóveis residenciais nesse período e que abrangeu todas as 50 localidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, incluindo 16 capitais, mostra Maceió com variação de preço de +15,44%, acima do praticado em Goiânia (+13,11%); Campo Grande (+12,46%); Florianópolis (+11,87%); Manaus (+9,60%); João Pessoa (+8,89%); Belo Horizonte (+7,93%); Salvador (+6,12%); Curitiba (+5,90%); Fortaleza (+5,25%); São Paulo (+4,53%); Recife (+4,32%); Porto Alegre (+1,95%); Vitória (+1,93%); Brasília (+1,89%); e Rio de Janeiro (+1,48%).
Em novembro, Maceió apresentou o 8º metro quadrado mais caro entre as capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, no valor de R$ 8.200,00. O valor do m² em Maceió é um reflexo da Lei de Oferta e da Procura que determina os preços dos produtos no mercado.
A lei diz, basicamente, que quando há muita oferta os preços caem e quando há pouca oferta de um produto, os preços sobem. Acima de qualquer outra variável, a escassez de imóveis ampliada pela grande procura de residências para abrigar as famílias que perderam suas casas com a tragédia socioambiental tem feito disparar os preços na capital alagoana.
Maceió apresenta, desde 2019, uma variação anual positiva do preço médio de imóveis residenciais. Em 2019, quando começaram as primeiras realocações, a variação foi de +0,54%; em 2020 (+7,90%), 2021 (+18,50%), 2022 (+13,22%) e este até novembro foi de +15,44%. Já a variação acumulada em 12 meses (de novembro de 2022 a novembro de 2023) foi de +16,92%.
Fonte – Extra