O solo sobre a mina da Braskem que está sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, afundou 2,09 metros até esta sexta-feira (8), segundo atualização da Defesa Civil Municipal, feita às 17h. O ritmo do afundamento reduziu de 0,23 cm por hora para 0,21 cm por hora, no final da tarde.
A movimentação do solo foi de 5,2 centímetros, nas últimas 24 horas. Do dia 30 de novembro até a manhã desta sexta, o solo tinha cedido 2,06 metros.
Por precaução, a recomendação é de que a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
O afundamento do solo na área da mina era, em média, de 26 centímetros por ano e havia baixado para 18 centímetros por ano após o início do preenchimento das cavidades com areia, segundo o Ministério de Minas e Energia, mas, entre os dias 29 e 30 de novembro, a movimentação do solo detectada pela rede de monitoramento foi de 50 cm por dia, o que caracteriza anomalia no ritmo da movimentação.
A mina localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro do Mutange é uma das 35 cavidades que a Braskem usava para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.
O afundamento do solo em Maceió, problema causado pelas atividades de mineração da Braskem, começou em 2018. Desde então, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados na região, afetando cerca de 60 mil pessoas e transformando áreas antes habitadas em bairros fantasmas.
Fonte – G1