Dois credores da Massa Falida da Laginha estão sendo considerados suspeitos pela administração judicial de serem, na verdade, “laranjas” de uma das herdeiras do falecido ex-deputado João Lyra, a empresária Thereza Collor, que, ao EXTRA, negou a acusação. Segundo autos do processo falimentar, no dia 4 deste mês, Jeane Maria Vieira de Lima foi intimada a se manifestar sobre as alegações da administração judicial, encabeçada pelo advogado Igor Telino, de suposta tentativa de fraude processual. O mesmo ocorre com Genival de Lima Feitosa.
A dupla estaria agindo a mando de Thereza Collor para “tumultuar o processo” após o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) proibir, em agosto deste ano, que os filho do ex-usineiro e ex-deputado federal se manifestem nos autos dos processos sobre a falência da Laginha, um conglomerado que detém três usinas de açúcar e etanol no estado, além de uma dívida com o Fisco estimada em R$ 3,4 bilhões. Os cinco filhos de Lyra e a viúva do patriarca brigam pela destituição da inventariante, a também herdeira direta Maria de Lourdes, a Lourdinha Lyra, e do escritório Telino e Barros Advogados Associados como administrador judicial do processo de falência.
Thereza Collor tem alegado que o administrador judicial tem promovido acordos desvantajosos para os credores, com “valores altos, objeto questionável e supressão de concorrência”.
Ao questionar a gestão tributária dos advogados, a empresária foi impedida por juízes, junto com os demais herdeiros, de se manifestar nos autos do processo. As manifestações, a mando da Justiça, foram extraídas dos autos. Por meio da assessoria de imprensa da administração judicial da Laginha, o EXTRA foi informado que Jeane seria assistente social que comprou créditos trabalhistas de dois credores para questionar atos de gestão da empresa Telino & Barros Advogados Associados, situada em Recife (PE).
Fonte – Extra