O governador Paulo Dantas (MDB) e o prefeito de Maceió, JHC (PL), incrementam as agendas priorizando as eleições do próximo ano. Apesar de negarem publicamente as intenções políticas, cada qual, ao seu modo, busca ajustar seus espaços, tanto na capital (onde ambos redobram os compromissos, exibindo aliados ou futuros candidatos nos palanques) quanto no interior (e inegavelmente é o governador quem ocupa esses espaços, junto a prefeitos e lideranças).
A saúde estadual vive apagando incêndios com fornecedores e seus débitos atrasados, incluindo também hospitais, como o Carvalho Beltrão na cidade de Coruripe, que chegou a suspender os atendimentos e cirurgias porque os médicos não recebiam salários há sete meses. Em 26 de setembro, o Sindhospital mostrou que a saúde vive “a maior crise de sua história por falta de pagamento do Estado e da não renovação dos contratos com esses hospitais”. Atrasos que chegam a 7 meses. Em algumas maternidades, o atraso chega a 11 meses.
“A crise ultrapassa a vontade política, é preciso articular e reordenar a rede SUS em Alagoas, que enfrenta ainda uma grande judicialização na saúde”, disse Júlio Bandeira, que faz parte do sindicato e é conselheiro estadual de Saúde. “Grave crise” que é admitida pelo secretário de Governo Vítor Pereira e pelo vice-governador Ronaldo Lessa, segundo disseram ao próprio Júlio Bandeira. Ambos contaram ao conselheiro que o decreto que determinou o corte de 20% nas despesas também atingiu os hospitais.
Fonte – Extra