Mudanças nas peças do xadrez político-eleitoral da capital. Kelmann Vieira deixou o Governo e volta à Câmara de Vereadores como oposição ao prefeito JHC (PL). O suplente era Alan Balbino, cuja atuação não agradava ao calheirismo. “Não seria coerente da minha parte se eu não dissesse que voltei para a Câmara de Maceió para fazer, sim, uma oposição dura, porém responsável.
Nada que seja contra o interesse da população e do município, mas iremos, sim, propor um debate, pois o debate é salutar em qualquer democracia”, disse Vieira, em seu discurso de retorno ao legislativo mirim. O senador Renan Calheiros (MDB) repete que os vereadores alinhados ao Palácio República dos Palmares – portanto com cargos na máquina estadual – devem incrementar as críticas ao prefeito. Fizeram isso na ocupação (invasão?) do Hospital do Coração, comprado pela Prefeitura por R$ 266 milhões, além de ações no Tribunal de Contas, no Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça para barrar a operação.
Jota quer transformar o novo equipamento público no Hospital da Cidade, o primeiro hospital totalmente municipal. Por isso, Kelmann Vieira, ex-presidente da Câmara, voltou ao parlamento: tentará neutralizar dois vereadores ainda filiados ao MDB, porém considerados importantes no jogo da oposição: o presidente Galba Netto (MDB) e Chico Filho (MDB), líder do prefeito. E, talvez, atrair mais gente para o time calheirista.
Do outro lado, Chico Filho diz que Jota tem maioria folgada no parlamento e as conversas diárias com os vereadores ajudam a eliminar ruídos ou possíveis desavenças. Nem todos, porém, estão cobertos por este manto de vantagens. Siderlane Mendonça (PL), que já foi líder do prefeito, surpreendeu ao cobrar publicamente a gestão.
Fonte – Extra