A decisão de Washington Luiz de recorrer ao STF para anular sua aposentadoria compulsória imposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi recebida no Tribunal de Justiça de Alagoas em clima de decepção e alegria contida.
Apesar de divididos por interesses pessoais feridos, ambições desmedidas e pouca preocupação com os mandamentos da Justiça, os magistrados quase sempre se unem em defesa do corporativismo.
Washington Luiz tem seu grupo de amigos no TJ e um tanto de adversários, mas nem todos esses aprovam a aposentadoria compulsória do desembargador. Acham que a pena foi além da conta, o que pode ocorrer com alguns deles no futuro próximo.
Este também foi um dos argumentos da defesa do desembargador na ação em que pede a anulação da aposentadoria compulsória. “A sanção em razão da concessão de uma única medida liminar que sequer produziu efeitos é uma demonstração de irrazoabilidade e de desproporcionalidade da pena”.
Boa parte dos desembargadores do TJ esperava que Dias Toffoli concedesse uma liminar para suspender os efeitos da decisão do CNJ. Mas o ministro-relator sequer conheceu do pedido e deixou a decisão para depois das manifestações da AGU e do próprio Conselho Nacional de Justiça.
Os mais otimistas acham que a decisão do ministro Toffoli deixa uma porta aberta a uma possível volta por cima de Washington Luiz, primeiro desembargador da história de Alagoas aposentado compulsoriamente.
Fonte – Extra