Durante sessão ordinária desta quarta-feira (27), o vereador Leonardo Dias (PL) se posicionou contra o Projeto de Lei, de autoria da vereadora Teca Nelma (PSD), que visa instituir o Dia Municipal da Visibilidade Bissexual em Maceió. A legislação prevê a divulgação de conteúdos ligados ao tema em espaços educacionais, além de outros equipamentos municipais.
De acordo com o vereador, a legislação é ineficaz e não trará nenhum avanço ao Município. “Esse projeto propõe usar a educação e a assistência social como palcos para ativismo sexual. Não posso concordar e nem deixar de denunciar este absurdo”.
Dias rebateu as acusações de Teca Nelma, que na semana passada afirmou que Leonardo mentiu sobre o teor do Projeto de Lei. Segundo ela, a legislação não teria como objetivo levar conteúdos sobre bissexualidade às escolas e creches. Entretanto, a proposta protocolada pela vereadora é clara ao afirmar que “as campanhas deverão movimentar em conjunto diversos órgãos de saúde, assistência social, educação e segurança”.
“Este projeto quer evidenciar a bissexualidade com a realização de ações de mobilização, cursos, palestras, debates, seminários, mostras de arte e cultura, panfletagens e mídias sociais. A vereadora disse em vídeo de que não seriam em unidades de ensino. Mas, quais são os órgãos vinculados à educação se não nossas escolas e creches? Nós já vimos vários exemplos destes eventos que, na prática, têm exposto as crianças à sexualidade precoce”, expôs o vereador.
Por fim, Leonardo fez um apelo para que os vereadores em plenário rejeitassem a proposta. O vereador relembrou ainda o período em que atuou como ativista político na luta contra a ideologia de gênero em diversos municípios alagoanos.
“A orientação sexual é apenas um detalhe de um ser humano e não define ninguém, uma vez que é impossível, visivelmente, identificar o comportamento íntimo de cada um. Eu me lembro de que quando estive na Câmara antes de ser vereador, em 2015, fui chamado de mentiroso por alertar que esse tipo de projeto poderia ser apresentado. Na época, a Esquerda dizia que só existiam dois gêneros e o que eu fazia naquela ocasião seria extremismo. Hoje podemos ver quem estava mentindo de verdade”, explanou.
“Eu apelo aos colegas vereadores para que este projeto – quando for pautado – vá para o local que merece, que é a lata do lixo. É uma iniciativa que não acrescenta em nada na educação de nossas crianças. Trata-se tão somente de utilização dos impostos dos cidadãos para ativismo em cima de comportamentos sexuais”, concluiu.
Após pedido de vistas do vereador João Catunda (PP), o Projeto de Lei foi retirado de votação na sessão ordinária de hoje. A proposta deve ser debatida novamente a partir da próxima semana.