Bem que Isnaldo Bulhões conseguiu alguma aproximação com Arthur Lira, em Brasília, de olho na sucessão da Câmara Federal, que acontecerá em 2025.
Mas Lira não o quer como sucessor, e vai deixando isso cada vez mais claro. Não que Bulhões não saiba falar a língua dos homens, notadamente os do Centrão – mas não só eles -, só que ele ainda precisa se especializar na matéria, para chegar onde pretende.
Ele chegou com méritos pessoais – no padrão do meio – à liderança do MDB na Casa. Contou, é verdade, com a ajuda do senador Renan Calheiros, que tem mais tempo de estrada em Brasília.
Só que o embate sem tréguas e sem limites entre o senador e Lira dificulta ainda mais a sua missão.
Lira trabalha para fazer de Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara Federal, o seu sucessor, deixando Bulhões para trás. O comandante do Centrão avalia que o emedebista seria o representante de Calheiros na Casa, o que a sua turma – e não apenas ela – não vê com bons olhos.
Não é uma questão “moral”, que fique claro, até porque isso não entra em discussão. O embate é entre grupos políticos que desejam a mesma coisa: o poder.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto