Empresários de Alagoas se movimentam para eleger os representantes da direita e da extrema direita na capital, com capacidade de hastear, no parlamento ou Executivo, as bandeiras da categoria: Estado zero, neoliberalismo radical, pautas conservadoras de costumes e principalmente o anti-lulismo e o anti-petismo.
É um grupo bastante complexo. Nele há financiadores dos golpistas que acamparam durante um mês na avenida Fernandes Lima e diante do quartel do Exército, em apoio a um golpe de Estado. Outros financiavam marchas pela orla, oferecendo trio elétrico, tratores ou obrigando funcionários a defenderem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e execuções de “esquerdistas”.
Outro grupo atua mais no teatro político-eleitoral e ajuda a construir uma trincheira no lado contrário ao do senador Renan Calheiros (MDB), para dar espaço ao presidente da Câmara Arthur Lira (PP) disputar o Senado em 2026. Haverá duas vagas em jogo, a de Renan e Rodrigo Cunha (Podemos).
Lira é tratado como um mal necessário, sendo aquele que “pode impedir o Brasil de virar Venezuela”. Há, porém, setores atuando em outras frentes. A Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), por exemplo, teve papel de destaque na reeleição do deputado Cabo Bebeto (PL) e se empenha na reeleição do vereador Leonardo Dias (PL). Bebeto e Dias são as maiores expressões do conservadorismo local.
Fonte – Extra