Paulo Guedes (foto), quem diria, vê “muita coisa boa” nas gestões do PT —mas também “muita coisa ruim”. É o que o ex-ministro da Economia e “posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro diz em seu curso on-line em parceria com o youtuber Thiago Nigro, o Primo Rico, informa O Globo.
“Tem muita coisa boa e tem muita coisa ruim. Nós podemos falar, entre as coisas boas, a preocupação com a inclusão dos mais frágeis no orçamento público, a ideia inicial de orçamento participativo, a ideia inicial de transparência, exatamente para acabar com a corrupção”, diz Guedes na segunda aula do curso, “O fim da disputa direita x esquerda”. Ele também chamou o Bolsa Família de “política consistente de transferência de renda para os mais frágeis”.
Fiel às suas posições liberais na economia, o ex-ministro insiste em que a divisão clássica entre direita e esquerda tem de acabar. “Se for alguém de esquerda que respeita a propriedade, que sabe que a economia de mercado é importante, que entende que as privatizações e a Previdência, são questões, pode se atacar de forma mais eficiente”, afirma.
Nas aulas on-line, Guedes também comenta o crescimento da China, nos seguintes termos: “De repente, [a China] dispara porque mergulhou no capitalismo. Apesar de ser um regime político fechado do ponto de vista econômico, é um capitalismo brutal. Talvez o de maior ferocidade desde os ingleses dois séculos atrás”.
E espinafra Karl Marx, que chama de “pós-ricardiano menor”, em referência ao economista clássico David Ricardo. Para Guedes, Marx transformou a teoria do valor-trabalho de Ricardo em “uma religião laica”.
“O socialismo roubou a bandeira das grandes religiões e, baseado na teoria de valor-trabalho completamente superada, obsoleta —não explica nada do que a evidência empírica mostra —, levou países e continentes à miséria e continua levando até hoje.”
Fonte – O Antagonista