O relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), encerrou ontem, 18, a elaboração do relatório da Comissão, recomendando o indiciamento de pelo menos 11 indivíduos.
No parecer, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro propõe a responsabilização de diversas figuras, incluindo o diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, Jaime Messias Silva.
Além do alagoano, o relator pede o indiciamento do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) Gonçalves Dias e do líder da Frente Nacional de Lutas (FNL) e fundador do MST, José Rainha, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e
O relatório será apresentado e submetido a votação pela CPI nesta terça-feira, 19. Entretanto, pode sofrer modificações até lá. Ao longo de 60 páginas, Salles destaca o agronegócio como um dos principais impulsionadores do crescimento econômico do país e atribui ao governo Lula a responsabilidade por invasões recentes promovidas pelo grupo.
Salles alega no texto que medidas adotadas pelo governo anterior, como a “tolerância zero às invasões e a redução de recursos públicos para o movimento”, teriam sido negligenciadas pelo ex-presidente.
Ao justificar os pedidos de indiciamento, o relator da CPI alega que os indivíduos mencionados cometeram crimes. Gonçalves Dias, por exemplo, enfrenta acusações de falso testemunho. Em seu depoimento, ele alegou não ter conhecimento das invasões nos primeiros cem dias de governo.
A comissão argumenta ainda que desde 2009 a Abin, subordinada ao GSI, monitora as “atividades criminosas” do MST. Além disso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que as invasões foram discutidas em reuniões durante o período em que Dias ocupava o cargo.
Fonte – Extra