O senador Renan Calheiros (MDB) sabe que é muito difícil encontrar, no seu grupo político, alguém com perfil competitivo para enfrentar o prefeito de Maceió, JHC (PL), que vai à reeleição no próximo ano.
Assim como JHC enfrenta muita pressão de pretendentes a vice. O secretário de Relações Federativas Davi Davino Filho é o escolhido e apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Mas há também o presidente da Câmara de Maceió, Galba Novaes Neto (MDB), o líder do prefeito na Câmara Chico Filho (MDB) e o senador Rodrigo Cunha (Podemos).
Nos dois grupos, pesquisas para consumo interno apontam o favoritismo do prefeito. Entre os calheiristas falta empolgação e sobra desconfiança. Eles admitem que não aceitam virar bucha de canhão, ou seja, entrar em uma guerra perdida, desgastar o próprio nome e serem dispensados pelo grupo, enterrando o carreirismo na política.
Entre os liristas o que se quer é a construção de um palanque para 2024 e 2026, controlando Maceió e Arapiraca, onde o prefeito Luciano Barbosa (MDB) quer unir, no mesmo espaço, Renan e Arthur.
Calheiros vem estimulando o secretário de Infraestrutura, Rui Palmeira, a entrar na disputa. Não seria o único nome, apenas mais um dos tantos que o grupo quer ou precisa para um segundo turno.
Por que Rui? Renan constrói uma ponte com Gilberto Kassab, líder do PSD, partido de Rui, com objetivo de antecipar a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. É uma tentativa do senador de diminuir a força política do atual presidente, que já articula o sucessor e espalha nos meios de comunicação uma vaga (garantida?) de futuro ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo “pelo bem de Alagoas”, por certo.
Fonte – Extra