Em franca desvantagem, o senador Renan Calheiros (MDB) investe ainda mais pesado na desarticulação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em Alagoas – principalmente Maceió. Lançando vários candidatos contra o prefeito JHC (PL), Calheiros acredita que dará bastante trabalho – e desgaste – para Lira e o próprio prefeito.
“A eleição em dois turnos se faz exatamente para isso, para que no primeiro turno as pessoas defendam suas propostas, façam sua campanha, tentem a elevação da consciência de todos e apenas dois vão para o segundo turno e as alianças acontecem no segundo turno em torno dessas duas candidaturas. Então é mais recomendável que nós entendamos isso no primeiro turno e no segundo nós deixemos um leque de possibilidades amplo para que a gente possa disputar com competitividade e quem sabe ganhar a eleição”, explicou o senador.
Em Brasília – sempre mirando Arthur Lira – Renan se uniu a Gilberto Kassab, dono do PSD, para antecipar a disputa pelo comando da Câmara. Arthur Lira, interpretam ambos, é uma pedra que precisa ser retirada do caminho. Lira ameaça travar a pauta do governo. Crê que Lula quer atingi-lo. Ao mesmo tempo, Lira vem recompondo forças, agrega importantes vitórias na Justiça, mantém silêncio sobre as estratégias eleitorais na maioria das cidades alagoanas e é aliado do prefeito JHC, maior liderança política de Maceió que é o maior colégio eleitoral, além de Luciano Barbosa (MDB), de Arapiraca (2º maior colégio eleitoral), também dividindo o palanque com Calheiros.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes anulou as provas colhidas pela Polícia Federal que relacionam o parlamentar às investigações de superfaturamento de kits de robótica vendidos a prefeituras. Mendes havia suspendido as investigações em julho. Lira insistia que as investigações eram direcionadas para ele. Após o resultado do STF, foi às redes sociais: “Passei dias sendo exposto e injustiçado, mas sempre confiei plenamente no Poder Judiciário, um pilar fundamental na garantia dos direitos do cidadão”.
Fonte – Extra