O deputado federal por Alagoas, Alfredo Gaspar (União Brasil), participou de diligências nesta segunda-feira (14) em Blumenau, Santa Catarina, como parte do grupo de trabalho (GT) de Políticas de Combate à Violência nas Escolas Brasileiras. O objetivo do GT é buscar medidas legislativas e protocolos nas áreas de segurança pública e cuidados com a saúde mental, com base na análise de experiências nacionais e internacionais.
Blumenau foi escolhida pelos parlamentares para iniciar as atividades do GT, devido à creche Cantinho Bom Pastor, onde ocorreu um violento ataque em abril deste ano, resultando na trágica morte de 4 crianças e deixando outras seis feridas.
“Estive na creche com o deputado Jorge Goetten, onde ocorreu essa tragédia que sensibilizou todo o país. Foi emocionante ver como Alconides Sena, a proprietária da escola, está recomeçando. E ela recomeçou com o apoio solidário das famílias que confiaram seus filhos a ela para continuar com a educação. Que o exemplo dela e desses pais, sirva para nós recomeçarmos”, pontuou Alfredo Gaspar. “A natureza humana não foi feita para tragédias como essa. Que Blumenau, com esse sofrimento, ensine ao Brasil a recomeçar, mas recomeçar melhor”.
Palestras:
Além da visita a creche, o GT organizou uma série de painéis com debates ligados ao enfrentamento da violência nas escolas. O deputado Alfredo Gaspar foi responsável por mediar a temática “Segurança e Educação”, e “Saúde Mental”. “Tem horas que não temos o que falar. A gente tem mesmo que agir. E nós como homens públicos, estamos tendo a oportunidade de debater, aprender e ouvir as experiências. Eu espero que tenhamos a responsabilidade de trazer propostas com soluções no mais breve espaço de tempo, diante da esperança do povo no legislativo”, colocou.
O deputado de Alagoas ressaltou ainda a importância dessas investigações para compreender o que ocorreu e buscar alinhamentos que auxiliem no enfrentamento desse tipo de ameaça no ambiente escolar. “O povo de Blumenau é resiliente. Pensei sobre como uma cidade tão bela, com alto Índice de Desenvolvimento Humano, tão segura, pôde ser palco de uma tragédia como essa. É importante que vocês se unam para garantir que cada criança vítima não seja esquecida, e que juntos possamos desenvolver ferramentas para evitar que outros pais sofram com a perda de seus filhos”, completou.
Segundo o coordenador do grupo de trabalho, Jorge Goetten, os próximos passos incluem a realização de audiências públicas em cidades que foram vítimas de ataques, como Realengo, no Rio de Janeiro. Após isso, será elaborado um relatório com propostas e ideias de projetos de lei a serem criados pelo parlamento. “Buscamos ser assertivos e ser a voz de cada família que sofreu com essa tragédia. Queremos propor mudanças nas leis, no código penal. Talvez até criar legislação para evitar tragédias como essa. Para isso, continuaremos realizando investigações e colaborando em conjunto com todo o grupo de parlamentares”.
Reunião: A comissão se reunirá na terça-feira (15) para analisar solicitações e iniciar o planejamento da próxima cidade a ser visitada.