O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o Senado terá de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o papel da Braskem no afundamento de solo em Maceió se o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, faltar a uma audiência com parlamentares para a qual foi convidado.
A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou um convite para que Jean Paul Prates esclareça as providências adotadas pela Petrobras no caso da Braskem, uma empresa que conta com 47% das ações detidas pela estatal petrolífera e direito a voto. A audiência está programada para o dia 15. Entretanto, Prates, por ter sido convidado, não está obrigado a comparecer. O convite foi proposto pelo próprio Renan Calheiros.
O senador Renan Calheiros enfatizou a importância da audiência com o presidente da Petrobras, alertando sobre as consequências de uma possível ausência. “Se o presidente da Petrobras não vier à comissão e ficar se omitindo, o Senado precisará fazer uma CPI. Não haverá alternativa”, afirmou Renan. Ele destacou que o que ocorre em Alagoas representa “o maior crime ambiental do mundo”.
A petroquímica Braskem está no centro das investigações, uma vez que a mineradora Novonor (ex-Odebrecht) detém 50,1% do capital votante da empresa, enquanto a Petrobras possui uma parcela significativa.
A audiência agendada para Jean Paul Prates no Senado promete ser intensa e carregada de questionamentos. Como revelado anteriormente, uma ala considerável do Partido dos Trabalhadores (PT), incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demonstram insatisfação com a direção da Petrobras e buscam mudanças na diretoria.
Fonte – Extra