O grupo formado por Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e Renan Filho chamado pelos mais “próximos” de quarteto fantástico, encerrou as eleições e começou o novo governo colocando em prática a regra “dos dois pés na mesma canoa”.
Na teoria, o mantra era governar com quem participou da campanha eleitoral de 2022. “Quem participou da aliança, participa do governo. Quem ficou fora, vai para a oposição”, disse outro dia, alto e bom, um dos quatro em meio a uma roda de políticos.
E a regra foi colocada em prática. De forma mais dura para uns, do que para outros. Que o digam os prefeitos das duas maiores cidades de Alagoas. Luciano Barbosa (Arapiraca) e JHC (Maceió) passaram a enfrentar, a partir do início do ano, a formação de blocos de oposição na Câmara de Vereadores de seus municípios, a partir de ações estimuladas abertamente pelo Palácio dos Palmares.
O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, mais “gelado” do que JHC, buscou a reaproximação da base do governo. E conseguiu controlar o diretório municipal do MDB de sua cidade e ser recebido, com “tapete vermelho” no Palácio dos Palmares, apesar de continuar com um pé na canoa de Arthur Lira. Contou para isso com a ajuda do senador Renan Calheiros, a quem, dizem, negou por duas vezes.
Agora, com Luciano Barbosa sendo recebido como um “aliado”, o quarteto fantástico terá um dilema pela frente. Outros tantos prefeitos e lideres como ele, que votaram contra Paulo Dantas e Renan Filho em 2022, também querem a mesma “oportunidade”.
Se o “caso” de Luciano Barbosa for uma “exceção”, a regra “dos dois pés na mesma canoa” vai sobreviver no grupo, embora enfraquecida. Do contrário, o prefeito de Arapiraca terá aberto a porta para trazer de volta a regra mais forte e tradicional da política alagoana: a “de um pé em cada canoa”.
Fonte – Jornal de Alagoas