A votação do arcabouço fiscal, que pode substituir o teto de gastos das contas públicas, continua sem data para ocorrer. O presidente da Câmara , deputado Arthur Lira (PP-AL), ainda “não há consenso”.
Nos bastidores, o que se comenta é que Lira está à espera da reforma ministerial que o presidente Lula fará para abrigar o Centrão. Lula busca governabilidade no Congresso. Lira, espaço na Esplanada. Enquanto nada é definido, um ‘cozinha’ o outro.
“Não posso botar uma pauta que o relator não conversou com os líderes, e que não discutimos ainda as alterações do Senado. Isso é natural, e nós temos prazo. Vamos discutir com o relator e os líderes as alterações do Senado”, diz Lira.
Apesar do jogo claro, o presidente da Câmara contemporiza o freio na tramitação do arcabouço.
“Não há nenhum tipo de relação entre o calendário do arcabouço e a possível modificação por parte do governo na sua base parlamentar. Não tem ainda consenso”, conclui.
O arcabouço já foi aprovado pela Câmara, mas como sofreu alterações no Senado, precisa ser avaliado novamente na Casa.
Lula e Lira conversaram ao pé do ouvido no início da posse do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), como ministro do Turismo. Lira chegou a mostrar o celular ao presidente.
A cerimônia que marca a chegada do Centrão ao governo foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (3).
Mais cedo, como O Antagonista registrou, Lula disse não ter pressa para as mudanças no governo. “Eu não estou com pressa, as pessoas sabem que eu vou fazer”, comentou.
Fonte – O Antagonista