A aliança do ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, com o Centrão e, especialmente, com o alagoano Arthur Lira (PP/AL), presidente da Câmara dos Deputados, foi fundamental para o governo Lula poder festejar a aprovação de matérias econômicas fundamentais no Congresso.
As matérias passaram com tranquilidade na Câmara e agora vão ser submetidas ao Senado Federal, como explicam Gabriela Vinhal e Felipe Pereira em texto no portal “UOL”.
A seguir, alguns trechos da reportagem:
“Ao abrir o gabinete para receber parlamentares e participar das reuniões de líderes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se aproximou do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ampliou o capital político e protagonizou o caminho para a formação de uma possível base aliada no Congresso, com adesão do centrão.
Haddad recebeu uma missão crucial para o governo Lula dar certo, logo após a posse do presidente. A avaliação era que somente com a economia voltando a crescer haveria sucesso na gestão petista…”
“… Durante as negociações para a reforma tributária, o governo Lula liberou valor recorde em emendas parlamentares: R$ 7,5 bilhões em dois dias. Só o PL, partido do ex-presidente de Jair Bolsonaro, ganhou R$ 699,8 milhões. O PP, de Lira, recebeu R$ 660 mi e o PSD, terceiro partido que levou mais recursos, ganhou R$ 611,2 milhões…”
“… Na votação do Carf, funcionários da Fazenda já haviam desistido da aprovação do texto. Interlocutores contam que o clima era de pessimismo — até que Haddad foi à residência oficial do presidente da Câmara negociar com Lira e com os líderes partidários…”
“… Um deputado governista afirmou à reportagem que o “casamento” do centrão com o Planalto tinha como requisitos básicos: ceder ministérios, cargos de segundo e terceiro escalão e liberar emendas a deputados do bloco.
A costura política para a eventual formação da base aliada se deu em paralelo às conversas com Haddad — e foram feitas com os ministros palacianos.
Mas ainda que essa união não tenha sido celebrada com Haddad, a aproximação do ministro com Lira mostrou que é possível uma relação de confiança do governo com o centrão, segundo relatos de aliados de Lula.“
Fonte – Blog do Flavio Gomes de Barros