O prefeito João Henrique Caldas (PL) anunciou pelas redes sociais que o município de Maceió fechou acordo com a Braskem para receber indenização da empresa para compensar os danos ambientais causados em cinco bairros.
O acordo é de R$ 1,7 bilhão, dos quais a prefeitura já teria recebido R$ 700 milhões, segundo a própria Braskem.
Os recursos que entram nos cofres de Maceió vão servir para criar o Fundo de Amparo ao Morador (FAM), para assistência às vítimas do desastre ambiental, incluindo investimentos em obras de compensação aos danos causados.
“É verdade que nenhum valor vai reparar o que foi destruído. Isso é incalculável. Mas com trabalho e a força do povo vamos construir um futuro melhor pra todos nós”, disse o prefeito JHC através de nota.
O detalhe é que, no momento em que Prefeitura e Braskem firmam esse acordo, o Tribunal de Contas da União está prestes a acatar pedido formal do senador Renan Calheiros (MDB/AL) que propõe a suspensão de venda da indústria até enquanto todas as vítimas não forem indenizadas – ressarcimento que inclui também o Estado de Alagoas.
Como o senador tem fortíssimas ligações com o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, a certeza de ter seu pedido acatado é de 100%.
Nesse embate Estado X Prefeitura, o prefeito JHC saiu na frente com o fechamento do acordo com a Braskem e está até usando os recursos já recebidos da empresa.
Os efeitos desses investimentos do município certamente terão reflexo na disputa eleitoral de 2024, quando o prefeito disputará a reeleição na condição, até agora, de favorito.
Isso, na verdade, é o pano de fundo do embate político que envolve a questão.
Fonte – Blog do Flavio Gomes de Barros