O São João de Maceió 2023 resultou numa movimentação financeira de R$ 351 milhões para a cidade, mais que triplicando os resultados obtidos em 2022, quando circularam na cidade perto de R$ 100 milhões. O grau de satisfação com o evento foi praticamente total, atingindo os 98,4%, enquanto 87% dos visitantes que estiveram na capital alagoana afirmaram que pretendem voltar nas edições seguintes.
Os dados são resultado do Estudo de Impacto Econômico do São João Massayó, realizado pelo trade turístico maceioense, com apoio da Prefeitura. A pesquisa foi realizada durante o evento, com entrevistas presenciais no polo Jaraguá. Foram coletadas mais de 700 amostras, aplicadas com público geral, turistas, barraqueiros e ambulantes, e trade turístico. Lojistas da região do Centro também foram entrevistados.
A pesquisa, que está em seu segundo ano consecutivo, mostrou que em 2023 o impacto direto do evento foi de R$ 289 milhões, enquanto o indireto ultrapassou os R$ 62 milhões. Para chegar a esses números, os pesquisadores classificaram quatro tipos de gastos relacionados ao evento: transporte; roupas e acessórios; embelezamentos; e alimentação. O comércio de roupas e acessórios liderou os indicadores, movimentando mais de R$ 114 milhões durante a programação, enquanto a venda de alimentos ficou com R$ 98,6 milhões. Embelezamento mexeu com aproximadamente R$ 59 milhões e transportes R$ 17,5 milhões.
“Conseguimos consolidar o São João de Maceió como o maior e melhor entre os eventos juninos realizados no litoral. Além de um grande evento, temos as atrações do destino Maceió, que é o mais procurado do país. Isso para nós é muito importante, pois o turismo é nossa grande mola econômica”, afirmou o prefeito JHC.
A pesquisa detalhou que 92% dos turistas que responderam ao questionário estiveram em Maceió especialmente para acompanhar o São João. A maior parte deles veio do interior do estado. Entre os que residem fora de Alagoas, 8 estados foram emissores de visitantes: Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. Outro indicador que chama a atenção é que a maior parte deles (66%) permaneceram na cidade por até 5 dias, aproveitando os horários sem shows para conhecer praias, shoppings e outras atrações e equipamentos.
O polo Jaraguá contou com 250 barraqueiros cadastrados, que tiveram um faturamento médio diário de R$ 728,15. Para eles, os dias de evento significaram um aumento de até 40% no faturamento mensal da família. Com tanta movimentação nas barraquinhas, supermercados, atacados e depósitos também obtiveram lucros importantes. Estabelecimentos localizados em bairros como Jacintinho, Serraria, Benedito Bentes e Cidade Universitária venderam produtos para os ambulantes, fazendo o dinheiro do São João circular por toda a cidade. Para se ter uma ideia do tamanho do São para o comércio, 87,7% dos empresários do Centro enxergaram a necessidade de aumentar os estoques de suas lojas para atender a demanda.
Fonte – Secom