Em março desde ano, George Palermo Santoro deixou a Secretaria da Fazenda de Alagoas, após mais de oito anos e a passagem por três governadores.
Foi o maior período de um “titular” no cargo e certamente a mais longeva fase de “saúde” fiscal do Estado, com direito a investimentos recordes na economia.
Atualmente trabalhando em Brasília, como secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Santoro, segue “morando” em Alagoas – Estado que passou a chamar de seu, embora continue apaixonado pelo Fluminense e com um indisfarçável sotaque carioca.
De Brasília Santoro acompanha tudo em Alagoas e não deixa de dar conselhos para sua amiga quase irmã Renata dos Santos, que assumiu a Secretaria da Fazenda com o desafio de manter um arrojado programa de investimentos e, claro, de manter todos os pagamentos em dia.
E de lá, da capital federal, por telefone, Santoro fez uma breve e positiva avaliação do trabalho de Renata. “Está tudo como previsto, como esperado. A Renata tem ido muito bem e a economia do Estado também. A arrecadação está dentro do esperado, como imaginava”, pondera Santoro,
Em que pese a perda de receita, por conta da mudança na tributação do ICMS dos combustíveis, energia e telecomunicações a partir de junho de 2022, a arrecadação de Alagoas está entre as que mais crescem no país.
Ainda assim, Santoro avalia que dar o reajuste integral para o funcionalismo estadual este ano seria arriscado. “Além da perda de receita com a mudança no ICMS, o governo teve muito aumento de folha por conta de reajustes dados no ano anterior.
“Só para se ter ideia, o impacto na folha seria maior do que o valor extra que o governador Paulo Dantas conseguiu para a Saúde com o credenciamento dos hospitais, de mais de R$ 33 milhões por mês, que foi uma grande conquista do governo”, afirma.
Para Santoro, o momento é de “cautela” em função do cenário econômico nacional: “o ano é muito complicado e no caso de Alagoas é preciso esperar um pouco mais para ver o que vai acontecer com a receita a partir da implantação da nova alíquota”, diz.
ICMS
A receita de ICMS de Alagoas tem fechado alta em junho ao longo deste ano. De acordo como dados preliminares da Sefaz-AL, em junho deste ano o Estado arrecadou R$ 591 milhões de ICMS, com oscilação de 5,6% na comparação com igual mês do ano anterior (R$ 560 milhões).
Até maio deste ano, segundo o boletim de arrecação de tributos estaduais do Confaz (veja abaixo) registrava um acumulado de R$ 2,55 bilhões, emm alta de 3,98% no comparativo com o valor arreadado nos cinco primeiros meses de 2022 , quando foram arreacadados R$ 2,45 bilhões.
Fonte – Jornal de Alagoas